A Maior Glória é Servir: Lições de Humildade e Devoção de Paulo

Olá, amados!

Hoje gostaria de fazer uma reflexão com vocês sobre o prazer que devemos ter em ser servos.

Todo aquele que segue a Jesus deve ter em mente que somos responsáveis por representar o reino de Deus entre os homens. Paulo compreendeu muito bem a posição que deveria ocupar e o propósito de seu chamado.

Humildade e zelo no ministério 

Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus.  Romanos 1:1

Note como um homem tão admirável quanto Paulo, ciente de seu chamado de apóstolo, colocava-se a si mesmo em terceira pessoa, afastado de si toda glória, afastando o seu eu de um protagonismo regido por vaidades e assumindo a posição de servo. Notamos aqui uma grande devoção e humildade do apóstolo ao seu Senhor e grande zelo pelo chamado e pela palavra de salvação que lhe fora confiada. Tal devoção e fidelidade devem-se ao grande amor demonstrado pelo Cristo que ele, outrora, perseguira.

Transformação e entrega verdadeira

Paulo teve um encontro verdadeiro com Jesus. Ele era um perseguidor de cristãos e consentiu na morte de muitos, acreditando que estava fazendo o que era certo. Ele era sincero em sua fé. Deus conhecia o zelo e sinceridade deste homem e sabia que, ao conhecer a verdade, demonstraria por ela o mesmo zelo e fidelidade. 

Em algum momento de nossas vidas nós decidimos seguir a Jesus e entregamos a nossa vida a ele. Mas será que dentro de nós, há este mesmo zelo e devoção em nossa fé? Em nossa vida cristã, temos nos colocado realmente na posição de servos? Temos nos submetido incondicionalmente à vontade de nosso Senhor? Abdicamos de nossas vaidades e projeção pessoal para glorificar unicamente ao Cristo, nosso salvador?

A vaidade versus serviço: o perigo da vaidade

Enquanto muitos cristãos têm buscado poder e honra, prestígio, fama ou status, Paulo fez um caminho inverso. Ele se colocou, humildemente, na posição de servo. Infelizmente, hoje vemos cristãos disputando cargos de liderança, buscando satisfazer seu próprio eu e não a vontade de Deus. Quantas vezes em nossos discursos, nos gloriamos de nossos feitos, em vez de glorificarmos a Deus? 

Muitas vezes, o orgulho pelo que temos feito para Deus, ou pelo quanto Ele tem nos usado, nos faz perder o foco. Nossa visão fica embaçada pela vaidade, e nos sentimos mais santos, mais consagrados. Paulo teve sua visão totalmente curada e podia enxergar exatamente qual era a sua posição em Cristo: sacerdotes sim - mas principalmente servos da graça. 

A maior glória de um crente está em ser servo. Servir é estar num patamar mais elevado da fé - e nem todos conseguem chegar lá, por simplesmente porque não o desejam. Para servir a Deus e deixá-lo ser nosso Senhor é necessário renunciar às nossas vontades, às coisas que gostamos de fazer, e às vezes, até aos nossos sonhos - se estes se tornarem um obstáculo à vontade de Deus.

Alinhar dons e intenções com o Reino

Porém, ao nos colocarmos na posição de servos, não significa que não teremos um papel relevante e honroso no reino de Deus, nem que estaremos menosprezando nossa capacidade, dons e nosso chamado. Trata-se apenas de alinhar nossas intenções e a vontade de Deus, pois, além de servos somos Embaixadores de Cristo, representantes do Reino de Deus. Devemos ter as motivações corretas ao exercermos nosso chamado. Fomos chamados para servir em amor, obediência e santidade, mas principalmente em amor.

Somos servos que sofremos a causa do evangelho, mas ao mesmo tempo, temos a posição honrosa de embaixadores. Cada um tem seu papel e sua importância no Reino de Deus, desde o irmãozinho que mantém a igreja limpa até o pastor. Assim como, em nossos dedos, até o menor tem importância para o conjunto, assim, também cada um de nós tem valor no corpo de Cristo.

O maior exemplo: Jesus lavando os pés

Vale lembrar que o mestre Jesus deu o maior exemplo sobre este tema quando lavou os pés de seus discípulo. Será que, em nossa posição de privilégio, seríamos capazes de lavar, com humildade, amor e cuidado, os pés de nossos irmãos? Será que, quando ele precisar de minha ajuda - de modo que interfira em meu dia a dia e exija maior esforço - eu estarei disposto a fazê-lo? Ajudar financeiramente é muito fácil e, geralmente, não exige esforço físico. Neste ponto, devemos refletir: Será que temos amado nossos irmãos como a nós mesmos?

Aplicação prática do servir

Podemos pôr tudo isso em prática, observando mais atentamente as pessoas ao nosso redor e percebendo como podemos ser úteis para tornar o dia delas melhor, ainda que tenhamos que ter algum desconforto com isso.

Oração

Peço a Deus que, a cada dia, nos dê uma porção maior da Sua maravilhosa graça, e que ela molde nossos corações, ações e decisões, para que, ao olhar para nós, o mundo enxergue a Jesus. Que Ele nos faça olhar para cada pessoa da mesma forma que Ele olha para cada um de nós, e que assim a Sua vontade seja realizada. Amém!